terça-feira, 30 de julho de 2013

A NOVA VIDA (Ef. 4.1,5.4)


Imagine que você mora em uma casa velha; o telhado está mofado e há muitas telhas quebradas a ponto de nos dias ensolarados passar raios de luzes pelos buracos das telhas e quando chuva diversas goteiras. As paredes já se vêem rachaduras por toda parte, a pintura está desbotada. Quanto ao piso as cerâmicas estão soltando e quebradas. Os moveis estão completamente deteriorados, gavetas soltas, portas de armários caindo, o fogão só acende uma chama, o sofá não tem mais almofadas, a cama está sendo sustentada por tijolos, o guarda roupas de tão velho e cheio de roupas surradas está desmanchando e cheio de baratas. E, o pior de tudo isso, é que você não tem as mínimas condições de mudar para uma casa melhor ou reformar está sua casa, porquanto é desprovido de toda sorte de recursos. Portanto, você não pode realizar o maior sonho de sua vida que é mudar esta triste realidade. Em fim você terá de morar nesta casa acabada para o resto de sua vida com todos os moveis velhos e bichos andando por entre as rachaduras das paredes e pelo piso solto e quebrado.
Uma casa nestas condições inevitavelmente o cheiro não é agradável. Os que residem nesta casa certamente vivem uma vida de pobreza e dor. Esta casa somente atrairá pessoas que vivem na mesma situação, uma vez que, seu estado não impressiona o mundo capitalista e individualista que vivemos.
Mas, conjeturemos que, você ganhe Um Bilhão de Reais, poxa vida! Agora você pode mudar toda está situação de miséria! Você pode reformar a casa, comprar móveis novos, trocar suas roupas velhas e tudo agora será diferente, ou seja, VIDA NOVA.
É exatamente isto que aconteceu com os salvos pela graça de Cristo; eles tinham uma vida velha, suja, seus pecados cheiravam mal nas narinas de Deus e só atraiam pessoas nas mesmas condições, pecadores não redimidos.
Cristão, não menospreze este supremo premio que você acabara de ganhar; o precioso sangue de Cristo! A salvação, o Espírito Santo. Já você pode começar a reforma na sua vida tirando toda esta sujeira de dentro do seu coração: mentira, ira, inveja, magoa, gritaria, trapaça, furtos, lascívias e etc. tire estas coisas velhas e coloque as novas: verdade, mansidão, abnegação, perdão, palavra branda e que traz edificação, lealdade, trabalho, honra e etc.

Nós, cristãos, recebemos o grande premio para mudar as nossas vidas velhas e desprezíveis, portanto, mudemos, esforcemo-nos por mudar. Mãos a obra é tempo de reformas na sua vida. 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

SOBRE AS MANIFESTAÇÕES

Manifestações-de-solidariedade-ao-Brasil-espalham-se-pelo-mundo-6Em decorrência das recentes manifestações nas ruas do país e nas redes sociais, alguns cristãos têm sido confrontados por seus pastores e irmãos quando tomam posição contrária aos Governos federal, estadual e municipal. O mote usado é o texto no qual o apóstolo Paulo recomendou “submissão às autoridades”, em Romanos 13.1: “Todos devem sujeitar-se às autoridades do governo, pois não há autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram ordenadas por ele.”. Quero refletir, ainda que de maneira incompleta, sobre a questão.
Evidentemente este texto tem sido interpretado de modos distintos. Até onde vai o limite do Governo, “da autoridade”? Paulo submeteu-se cegamente a esses poderes?
Veja que dois versículos depois o texto dá a resposta mais imediata à questão quando diz sob que aspecto a submissão é requerida: “Porque os governantes não são motivo de temor para os que fazem o bem, mas sim para os que fazem o mal.” (v. 3) O papel da autoridade é colocar em vigor a justiça, a Lei e a ordem. O v. 4 diz isso explicitamente: “Porque ela [a autoridade] é serva de Deus para o teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não é sem razão que ela traz a espada, pois é serva de Deus e agente de punição de ira contra quem pratica o mal.”. A “espada” é entendida como a própria pena de morte por alguns intérpretes, mas outros alegam ser a punição com maior rigor, enfim.
Mas, e quando o Governo pratica desmandos, quando é comprovado ilicitudes em sua gestão? E quando há injustiça por parte das mesmas autoridades? O mesmo Paulo, quando foi julgado por crime que não cometeu, não se submeteu, antes, apelou a Cesar (Atos 25.11). Ele desrespeitou seu próprio mandamento? Claro que não. Houve grande mobilização em função de sua apelação; um destacamento militar foi colocado à disposição do apóstolo, uma longa viagem teve de ser feita, ele ficou dois anos sob custódia do Império, tudo isso porque não aceitou as disposições legais contrárias a verdade a seu respeito.
Recentemente reli o livro de Ester, o qual mostra uma trama de morte contra o povo de Deus no Império Medo-persa. O que fizeram os judeus? Organizaram-se, jejuaram, mas manifestaram-se perante o rei. Ester enfrentou uma disposição real correndo risco de morte, uma vez que era proibido aproximar-se do rei sem a sua expressa autorização. No final, ela alcançou justiça e livramento para o seu povo.
No Brasil democrático temos uma situação distinta, pois que a democracia supõe o governo pelo povo e para o povo (em grego, democracia significa poder do povo). Obviamente o povo não governará, mas elegerá especialista para tal finalidade. Dentro do governo democrático, os mecanismos legais (lícitos) são os mecanismos políticos e as manifestações são direitos do povo (não confundindo com atos de vandalismo e violência).
Todo cristão é chamado a buscar a justiça, a igualdade, a paz, os recursos básicos para a sobrevivência do próximo (estou pensando em moradia, alimentação, saúde, segurança, educação etc.). E não somente para cristãos, mas para todo o povo. O próprio Jesus disse que Deus dá sol e chuva para justos e injustos (Mt 5.45), lembrando que “sol e chuva” afetavam diretamente a economia daquele povo, cuja base cultural eram a agricultura e a pecuária.
William Wilberforce (1759-1833), cristão e parlamentar britânico, no seu tempo, empreendeu luta árdua por grandes reformas sociais. Enfrentou incompreensões, calúnias, tentativa de desmoralização e desmobilização, reação dos poderosos e dos privilegiados, mas perseverou. Ele disse que “Deus Todo-poderoso colocou diante de mim dois assuntos: a abolição do comércio de escravos e a reforma dos costumes na Inglaterra”. Por toda a sua vida ele lutou por isso em sua carreira política. Se hoje a maioria das nações ocidentais oficialmente não tem escravidão, é porque ele lutou contra esse modelo. E não sejamos ingênuos em pensar que não houve reações dentro e fora da própria igreja. O comércio escravo mobilizava boa parte da economia, e quando “tocamos” no bolso dos ricos, nada acontece pacificamente.
O mesmo podemos dizer do pastor batista Martin Luther King Jr. (1929-1968), conhecido ativista político que mobilizou os Estados Unidos em favor dos direitos dos negros. E nós brasileiros do século 21 não podemos cometer a ingenuidade de pensar que Luther King tivesse dito: “Olha, por favor, vamos acabar com a segregação. Coitado dos negros. Vamos ajudá-los”. Não houve avanço algum sem que houvesse resistência. E a submissão às autoridades? Eram elas mesmas que segregavam, movidas por interesses culturais e econômicos – e até mesmo religiosos por parte de cristãos que usavam versículos bíblicos para defender suas posições, mas que por outro lado esmagavam os afrodescendentes.
Que dizer do pastor Dietrich Bonhoeffer, na Alemanha de Hitler, envolvido na operação Valquíria, que tramou a morte do ditador? Hoje contamos com alegria a sua história, mas onde fica a submissão às autoridades na vida de um pastor envolvido num caso como esses?
É preciso levar a questão também para o campo da ética, que busca o maior bem para o maior número de pessoas. Quando temos, hoje, igreja evangélica brasileira, diante de nós a oportunidade de exercer a cidadania pelos meios legais e lícitos da manifestação pacífica, seja nas ruas, seja nas redes sociais, não estamos transgredindo leis e desobedecendo a Bíblia. Antes, estamos buscando a justiça tal qual Jesus orientou (Mateus 5.6 e outros), um país melhor com distribuição de renda e oportunidade para todos, e não um modelo que privilegia os desvios de verbas e outros crimes comprovadamente demonstrados pelas investigações.
Entendo o temor que certos pastores e irmãos têm de desobedecer a Deus em função do poder secular, mas não é exatamente isso o que a história nos mostra em relação à participação do cristão na vida do seu país. Não podemos exigir que todos se envolvam, uma vez que nem todos refletem sobre as Escrituras com a mesma compreensão e nem todos têm vocação para assuntos dessa natureza, que claramente não é dos mais atraentes. Política não é para todos, como também o pastorado, o cuidado dos doentes, o envolvimento no ensino, etc. Mas o esforço e o envolvimento pela justiça e pela paz é. Cada um fique, portanto, na vocação em que foi chamado.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Uma Segunda Reforma? Avaliando as declarações iniciais do Papa Francisco

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O novo líder da Igreja Católica, escolhido em um dia considerado por muitos “cabalístico” (13.03.13), já recebeu diversos comentários e reações aos seus primeiros pronunciamentos. Mesmo sendo muito cedo para qualquer análise ou opinião, observamos que todos os segmentos, os dos católicos, evangélicos e até os que se declaram sem religião, estão, por razões diversas, perplexos.

Aqueles com os quais a mídia fez coro, na expectativa da eleição de um Papa que fosse “progressista”, se espantaram com a posição do Dom Jorge Mario Bergoglio, agora Papa Francisco, com relação à união de gays, à questão do homossexualismo como “apenas” uma opção sexual e sobre o aborto. Ele é contra, ponto final! Na esfera política latino-americana, o distanciamento do Papa da tiete chavista Cristina Kirchner e alegados alinhamentos passados com a direita argentina, também fez com que este grupo ficasse não somente eriçado, como igualmente frustrado. Em adição, muitos “sem religião”, que dizem não ligar a mínima para o papado, têm comentado essas posições e declarações do Papa, franzindo o cenho em desaprovação ainda que meio veladamente.

Católicos se espantaram porque ele não colocou, de início, o envolvimento social comoprioridade máxima da Igreja. Em vez disso, contrariou a mensagem que tem soado renitentemente ao longo das quatro últimas décadas, especialmente em terras brasileiras, proclamada pelos politizados “teólogos da libertação”, ou da natimorta “teologia pública”. Ele aparentou priorizar as questões espirituais!

Exatamente por isso, no campo evangélico, chamou atenção a sua declaração de que a missão da Igreja é difundir a mensagem de Jesus Cristo pelo mundo. Na realidade, o Papa disse que se esse não for o foco principal, a Instituição da Igreja Católica Romana tende a se transformar em uma “ONG beneficente”, mas sem relevância maior à saúde espiritual das pessoas! Ei! Disseram alguns evangélicos – essa é a nossa mensagem!!

Bom, não é a primeira vez na história que um prelado católico reconhece que a Igreja tem estado equivocada em seus caminhos e mensagem. Já houve um monge agostiniano que, estudando a Bíblia, verificou que tinha que retornar às bases das Escrituras e reavivar a missão da igreja na proclamação do evangelho, libertando-a de penduricalhos humanos absorvidos através de séculos de tradição. Estes possuíam apenas características místicas, mas nenhuma contribuição espiritual e de vida que fosse real às pessoas. Assim foi disparado o movimento que ficou conhecido na história como a Reforma do Século 16, com as mensagens, escritos e ações de Martinho Lutero, em 1517. Lutero foi seguido por muitos outros reformadores, que se apegaram à Bíblia como regra de fé e prática.

Entendo, portanto, que não seria impossível uma “segunda reforma” dentro da Igreja Católica, se esta declaração inicial do Papa Francisco for levada a sério, por ele próprio e por seus seguidores. É importante lembrar, entretanto, que proclamar a mensagem de Jesus Cristo é algo bem abrangente e sério. Entre outras coisas que poderiam ser mencionada, a Igreja Católica precisaria se definir com coragem nessas cinco áreas cruciais:

1. Rejeitar apêndices aos livros inspirados das Escrituras. Ou seja, assumir lealdade apenas às Escrituras Sagradas, rejeitando os chamados livros apócrifos. Proclamar as palavras de Jesus, nesta área, é aceitar tão somente o que ele aceitou. Em Lucas 24.44, Jesus referiu-se às Escrituras disponíveis antes dos livros do Novo Testamento, como “A Lei de Moisés, Os Profetas e Os Salmos” – essa era exatamente a forma da época de se referir às Escrituras que formam o Antigo Testamento, em três divisões específicas (Pentateuco, livros históricos e proféticos e livros poéticos) compreendendo, no total, 39 livros. Representam os livros inspirados aceitos até hoje pelo cristianismo histórico, abraçado pelos evangélicos, bem como pelos Judeus de então e da atualidade. Ou seja, nenhuma menção ou aceitação dos livros apócrifos, não inspirados, que foram inseridos 400 anos depois de Cristo, quando Jerônimo editou a tradução em Latim da Bíblia – a Vulgata Latina[1]. Evangélicos e católicos concordam quanto aos 27 livros do Novo Testamento, mas essas adições à Palavra são responsáveis pela introdução de diversas doutrinas estranhas, que nunca foram ensinadas ou abraçadas por Jesus e pelos apóstolos. Proclamar a palavra de Jesus ao mundo começa com a aceitação das Escrituras do Antigo e Novo Testamento, e elas somente, como fonte de conhecimento religioso e regra de fé e prática.

2. Rejeitar a mediação de qualquer outro (ou outra) entre Deus e as Pessoas, que não seja o próprio Cristo. Não acatar a mediação de Maria, e muito menos a designação dela como co-redentora, lembrando que o ensino da palavra é o de que “há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2.5). Na realidade, a Igreja precisa obedecer até à própria Maria, que ensinou: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (João 2.5); e Ele nos diz: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao pai, senão por mim” (João 14.6). Foi um momento revelador da dificuldade que o Papa tem na aderência a essa mensagem da Bíblia, observar sua homilia pública (angelus) de 17.03.2013. Após falar várias coisas importantes e bíblicas sobre perdão e misericórdia divina, finalizou dizendo: “procuremos a intercessão de Maria”... Não é assim que irá proclamar a palavra de Jesus ao mundo, pois precisa apresentá-lo como único e exclusivo mediador; nosso advogado; aquele que pleiteia e defende a nossa causa perante o tribunal divino.

3. Rejeitar as imagens e o panteão de santos composto por vários personagens que também são alvo de adoração e devoção devidas somente a Cristo. Essa característica da Igreja Católica está relacionada com a utilização de imagens de escultura, como objeto de adoração e veneração; e também precisaria ser rejeitada. Ela contraria o segundo mandamento e desvia os olhos dos fiéis daquele que é o “autor e consumador da fé - Jesus” (Hebreus 12.2). Proclamar a palavra de Jesus ao mundo significa abandonar a prática espúria e humana da canonização de mortais comuns, pecadores como eu e você, em complexos, mas inúteis processos eclesiásticos, que não têm o poder de aferir ou atribuir poderes especiais a esses santos.

4. Rejeitar o ensino de que existe um estado pós-morte que proporciona uma “segunda chance” às pessoas. A doutrina do purgatório não tem base bíblica e surgiu exatamente dos livros conhecidos como apócrifos (em 2 Macabeus 12.45), sendo formalizada apenas nos Concílios de Lyon e Florença, em 1439. Mas Jesus e a Bíblia ensinam que existem apenas dois destinos que esperam as pessoas, após a morte: Estar na glória com o Criador – salvos pela graça infinita de Deus (Lucas 23.43 e Atos 15.11), ou na morte eterna (Mateus 23.33), como consequência dos nossos próprios pecados. Proclamar a palavra de Jesus ao mundo é alertar as pessoas sobre a inevitabilidade da morte eterna, pregando o evangelho do arrependimento e a boa nova da salvação através de Cristo, sem iludir os fiéis com falsos destinos.

5. Rejeitar os “mantras” religiosos, que são proferidos como se tivessem validade intrínseca, como fortalecimento progressivo pela repetibilidade. É o próprio Jesus que nos ensinou, em  Mateus 6.7: “... orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos”. É simplesmente incrível como a ficha não tem caído na Igreja Católica, ao longo dos séculos e, mesmo com uma declaração tão clara contra as repetições, da parte de Cristo, as rezas, rosários, novenas, sinais da cruz etc. são promovidos e apresentados como sinais de espiritualidade ou motivadores de ação divina àqueles que os repetem. Proclamar a palavra de Jesus ao mundo é dirigir-se ao Pai como ele ensina, em nome do próprio Jesus, no poder do Espírito Santo, abrindo o nosso coração perante o trono de graça (Filipenses 4.6).

Confesso que admiro a coragem deste homem, que, enquanto cardeal se pronunciou claramente contra alguns pecados aberrantes que estão destruindo a família e a sociedade. Peço a Deus que dê forças às nossas lideranças evangélicas, e a nós mesmos, para termos intrepidez no interpelar de governantes e da mídia, quando promovem leis e comportamentos que contradizem totalmente os princípios que Deus delineia em Sua Palavra. Estes sempre são os melhores para o bem da humanidade, na qual o povo de Deus (incluindo nossos filhos e netos) está inserido.

Mas quanto a uma possível Segunda Reforma, vou ficar cauteloso e com muitas dúvidas. No momento em que eu testemunhar mudanças, como as que apresentei acima, vou me animar, entusiasmar e bater palmas – talvez ela esteja em andamento! Até lá, entretanto, continuarei triste em ver tantos olhos e esperanças fixados em mitos, misticismo e na pessoa humana, em vez de no Deus único soberano, esperança de nossas vidas, que nos fala em Cristo Jesus, pelo poder do Espírito Santo, que é real e eterno e não temporal como o Papa.

Fonte: http://tempora-mores.blogspot.com.br/

segunda-feira, 4 de março de 2013


A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma federação de igrejas que têm em comum uma história, uma forma de governo, uma teologia, bem como um padrão de culto e de vida comunitária. Historicamente, a IPB pertence à família das igrejas reformadas ao redor do mundo, tendo surgido no Brasil em 1859, como fruto do trabalho missionário da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos. Suas origens mais remotas encontram-se nas reformas protestantes suíça e escocesa, no século 16, lideradas por personagens como Ulrico Zuínglio, João Calvino e João Knox. O nome “igreja presbiteriana” vem da maneira como a igreja é administrada, ou seja, através de “presbíteros” eleitos democraticamente pelas comunidades locais. Essas comunidades são governadas por um “conselho” de presbíteros e estes oficiais também integram os concílios superiores da igreja, que são os presbitérios, os sínodos e o Supremo Concílio. Os presbíteros são de dois tipos: regentes (que governam) e docentes (que ensinam); estes últimos são os pastores. Atualmente, a Igreja Presbiteriana do Brasil tem aproximadamente 3.840 igrejas locais, 228 presbitérios, 55 sínodos, 2.660 pastores, 370.500 membros comungantes e 133.000 membros não-comungantes (menores), estando presente em todos os estados da federação.
Quanto à sua teologia, as igrejas presbiterianas são herdeiras do pensamento do reformador João Calvino (1509-1564) e das notáveis formulações confessionais (confissões de fé e catecismos) elaboradas pelos reformados nos séculos 16 e 17. Dentre estas se destacam os documentos elaborados pela Assembléia de Westminster, reunida em Londres na década de 1640. A Confissão de Fé de Westminster, bem como os seus Catecismos Maior e Breve, são adotados oficialmente pela IPB como os seus símbolos de fé ou padrões doutrinários. Outras igrejas presbiterianas adotam documentos adicionais, como a Confissão Belga e o Catecismo de Heidelberg. O conjunto de convicções presbiterianas, conforme expostas no pensamento de Calvino, de outros teólogos e dos citados documentos confessionais, é denominado teologia calvinista ou teologia reformada. Entre as suas ênfases estão a soberania de Deus, a eleição divina, a centralidade da Palavra e dos sacramentos, o conceito do pacto, a validade permanente da lei moral e a associação entre a piedade e o cultivo intelectual.
No seu culto, as igrejas presbiterianas procuram obedecer ao chamado princípio regulador. Isso significa que o culto deve ater-se às normas contidas na Escritura, não sendo aceitas as práticas proibidas ou não sancionadas explicitamente pela mesma. O culto presbiteriano caracteriza-se por sua ênfase teocêntrica (a centralidade do Deus triúno), simplicidade, reverência, hinódia com conteúdo bíblico e pregação expositiva. Na prática, nem todas as igrejas locais da IPB seguem criteriosamente essas normas, embora as mesmas tenham caracterizado historicamente o culto reformado. Os problemas causados pelo afastamento desses padrões têm levado muitas igrejas a reconsiderarem as suas práticas litúrgicas e resgatarem a sua herança nessa área fundamental. Quando se diz que o culto reformado é solene e respeitoso, não se implica com isso que deva ser rígido e sem vida. O verdadeiro culto a Deus é também fervoroso e alegre.
Finalmente, a vida das igrejas presbiterianas brasileiras não se restringe ao culto, por importante que seja. Essas igrejas também valorizam a educação cristã dos seus adeptos através da Escola Dominical e outros meios; congregam os seus membros em diferentes agremiações internas para comunhão e trabalho; têm a consciência de possuir uma missão dada por Deus, a ser cumprida através da evangelização e do testemunho cristão. Muitas igrejas locais se dedicam a outras atividades em favor da comunidade mais ampla, como a manutenção de escolas, creches, orfanatos, ambulatórios e outras iniciativas de promoção humana. Cada igreja possui um grupo de oficiais, os diáconos, cuja função primordial é o exercício da misericórdia cristã. O presbiterianismo tem uma visão abrangente da vida, entendendo que o evangelho de Cristo tem implicações para todas as áreas da sociedade e da cultura.

DE ONDE VIEMOS?

O presbiterianismo ou movimento reformado nasceu da Reforma Protestante do século 16. Tendo o protestantismo começado na Alemanha, sob a liderança de Martinho Lutero, pouco depois surgiu uma segunda manifestação do mesmo no Cantão de Zurique, na Suíça, sob a direção de outro ex-sacerdote, Ulrico Zuínglio (1484-1531). Para distinguir-se da reforma alemã, esse novo movimento ficou conhecido como a Segunda Reforma ou Reforma Suíça. O entendimento de que a reforma suíça foi mais profunda em sua ruptura com a igreja medieval e em seu retorno às Escrituras fez com que recebesse o nome de movimento reformado e seus simpatizantes ficassem conhecidos simplesmente como “reformados”.
Ao morrer, em 1531, Zuínglio teve um hábil sucessor na pessoa de João Henrique Bullinger (1504-1575). Todavia, poucos anos depois surgiu um líder que se destacou de todos os outros por sua inteligência, dotes literários, capacidade de organização e profundidade teológica. Esse líder foi o francês João Calvino (1509-1564), que concentrou os seus esforços na cidade suíça de Genebra, onde residiu durante 25 anos. Através da sua obra magna, a Instituição da Religião Cristã ou Institutas, comentários bíblicos, tratados e outros escritos, Calvino traçou os contornos básicos do presbiterianismo, tanto em termos teológicos quanto organizacionais, à luz das Escrituras Sagradas.
Graças aos seus escritos, viagens, correspondência e liderança eficaz, Calvino exerceu enorme influência em toda a Europa e contribuiu para a difusão do movimento reformado em muitas de suas regiões. Dentro de poucos anos, a fé reformada fincou sólidas raízes no sul da Alemanha (Estrasburgo, Heidelberg), na França, nos Países Baixos (as futuras Holanda e Bélgica) e no leste europeu, onde surgiram comunidades reformadas em países como a Polônia, a Lituânia, a Checoslováquia e especialmente a Hungria. Em algumas dessas nações, a reação violenta da Contra-Reforma limitou ou sufocou o novo movimento, como foram, respectivamente, os casos da França e da Polônia. As igrejas calvinistas nacionais da Europa continental ficaram conhecidas como igrejas reformadas (por exemplo, Igreja Reformada da França).
Outra região da Europa em que a fé reformada teve ampla aceitação foram as Ilhas Britânicas, particularmente a Escócia, cujo parlamento adotou o presbiterianismo como religião oficial em 1560. Para tanto foi decisiva a atuação do reformador João Knox (1514-1572), que foi discípulo de Calvino em Genebra. Foi nessa região que surgiu a designação “igreja presbiteriana”. Na Inglaterra e na Escócia dos séculos 16 e 17, o presbiterianismo representou uma posição ao mesmo tempo teológica e política. Com esse termo, as igrejas reformadas declaravam que não queriam uma igreja governada por bispos nomeados pelos reis (episcopalismo), e sim por presbíteros eleitos pelas comunidades. Foi na Inglaterra que, em meio a uma guerra civil, o parlamento convocou a Assembléia de Westminster (1643-1649), que elaborou os documentos confessionais mais amplamente aceitos pelos presbiterianos ao redor do mundo.
Nos séculos 17 e 18, milhares de calvinistas emigraram para as colônias inglesas da América do Norte. Muitos deles abraçavam a teologia de Calvino, mas não a forma de governo eclesiástico presbiterial proposta por ele. Foi esse o caso dos puritanos ingleses que se estabeleceram na Nova Inglaterra. Ao mesmo tempo, as colônias norte-americanas também receberam muitas famílias presbiterianas emigradas da Escócia e do norte da Irlanda. Foram essas pessoas que eventualmente criaram a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, cujo primeiro concílio, o Presbitério de Filadélfia, foi organizado em 1706 sob a liderança do Rev. Francis Makemie, considerado o “pai do presbiterianismo norte-americano”. O primeiro Sínodo foi organizado em 1717 e a Assembléia Geral em 1789. Em 1859, a Junta de Missões Estrangeiras da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos enviou ao Rio de Janeiro o Rev. Ashbel Green Simonton, fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Fonte: http://www.bereia.com.br/presbiterianismo/o-que-e-ipb

sábado, 2 de março de 2013


ESTOU SEGURO!

Uma das grandes verdades defendidas e ensinada pelas Escrituras é a garantia da salvação cristã (Sl 37.28; Jo 6.35-39), isto é, o cristão jamais cairá do estado da graça. A teologia reformada, também tem ao longo dos anos desde os pais da igreja crido e ensinado a perseverança dos santos, não como uma conclusão lógica dos cinco pontos calvinista, somente, mas como uma conclusão dos ensinos das Escrituras Sagradas! Tudo isto é verdade porque Deus preserva o seu povo e não permite que eles venham cair total e definitivamente do estado da graça. CONTUDO, UM ENTENDIMENTO ERRADO DESTA DOUTRINA PODE LEVAR OS CRISTÃOS A UMA VIDA PROMISCUA! A perseverança dos santos pressupõe a participação dos cristãos; Deus os preserva, mas eles também devêm perseverar, devem estar com todo o seu ser envolvidos na obra redentiva de Cristo em suas vidas (Mt 10.22). Muitos cristãos de hoje, penso eu, estão vivendo uma vida alienada ao cristianismo bíblico, por crerem, de maneira errônea em sua salvação, pois pensam que já estão salvos mesmo, portanto, não precisam empenhar nenhum esforço na vida prática devocional a Deus, o que os levaria a santidade, contentamento em Deus e não nos prazeres temporários da carne e etc. A crença errada no processo de salvação ou incompleto, pode levar o Cristão ao afastamento de seus compromissos com sua igreja local, esfriamento espiritual, afastamento de e do exemplo de Cristo, deterioramento familiar, testemunho cristão inadequado a vida cristã, pecados, distanciamento das Escrituras e etc. Consequentemente, um cristianismo de moda, opção, desencargo de consciência, clube social, afinal temos que ter uma religião! É Lamentável ver a igreja de Cristo tão infiel nesses nossos dias, o pior é que a liderança eclesiástica brasileira não toma providencias. A desgraça da igreja está na sua irresponsabilidade e abandono das Escrituras Sagradas. Povo cristão, voltemos ao noivo fiel. 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

AS PALAVRAS DE JESUS A UMA IGREJA TOLERANTE AO PECADO DA IMORALIDADE SEXUAL.

         No domingo de, 17/02/2013, o seminarista Edson expos, a congregação presbiteriana vida, apocalipse 2. 12-17. Carta de Jesus a igreja em Pérgamo.
         Primeiramente o seminarista fez uma introdução falando sobre o poder que as palavras têm, no sentido de fazer amizades ou destrui-las, de expressar amor ou ódio, e ainda na condenação ou absolvição de um réu no tribunal. Também foi falado sobre a valia das palavras de Deus e seu poder, destacando a importância de se saber que as primeiras palavras na história foram de Deus bem como as últimas o serão.
         Em seguida o seminarista trouxe luz ao texto falando sobre o contexto em que a igreja em Pérgamo vivia: perseguição, morte (o pastor Antipas), tendo os bens confiscados, por não prestar culto ao imperador, e a singularidades da cidade de Pérgamo.
O pregador falou sobre o propósito de Cristo enviar a carta a igreja, consolá-la e exortá-la a supervisão espiritual de seus membros que estavam vivendo um vida imoral, e chamá-los ao arrependimento.
 
O tema da mensagem: As palavras de Jesus a uma igreja tolerante ao pecado da imoralidade sexual.
 
1. PALAVRAS DE ELOGIO (V. 12-13)
         Neste ponto foi exposto como Cristo se apresenta, como aquele que tem a primeira e a última palavra na história, bem como na vida de sua igreja, portanto não precisavam temer a morte aqueles cristãos. Sendo assim, a igreja atual deve confiar em Cristo, pois ele, continua no controle de todas as coisas. Em seguida Cristo elogia aquela igreja, pela sua fidelidade, mesmo em meio a perseguição religiosa. O lugar em que aquela igreja estava vivendo era hostil a fé cristã, mas mesmo assim aquela igreja permanecia fiel. A igreja atual também é composta de pessoas fiéis, e aquelas que não são. Portanto aos infiéis Jesus não tem elogios, mas cesura.
 
2. PALAVRAS DE CENSURA (V. 14-15)
       Agora Jesus expressa censura aquelas pessoas que viviam dentro da igreja de forma imoral sexualmente. Na ocasião o seminarista falou sobre a imoralidade que Balaão ensinou Balaque fazer aos filhos de Israel e sobre os nicolaítas, estes que exaltavam o pecado, especialmente a imoralidade sexual, enquanto a igreja de Éfeso é elogiada por rejeitar esta doutrina os de Pérgamo aceitavam e a liderança fazia nada, era tolerante a estes pecados. O pregador exortou a igreja com respeito aos perigos que a igreja enfrenta nos dias atuais nas redes sociais e a facilidade ao acesso a pornografia nos lares, orientou os pais a conhecerem as contas nas redes de seus filhos e aos irmãos a vigiarem quando estiverem na frente dos computadores quando sozinhos, e as irmãs tomarem cuidado com a tentação de ouvir belas palavras de um amante virtual. 
 
3. PALAVRAS DE CONSELHO E PROMESSAS (V. 16-17)
       Jesus aconselha os pecadores e aqueles que têm se mostrado tolerantes a se arrependerem. O arrependimento tem as seguintes características: volitivo, ou seja, mudança de hábito, emocional, isto é, entristecimento profundo pelos pecados cometidos e por fim intelectual, mudança de modo de pensar, as pessoas precisam pensar biblicamente, precisam estar convencidas pelas suas próprias mentes de que estão erradas e o que estão fazendo é pecado e precisam parar com tais pensamentos imundos. Por fim a promessa para aqueles que se arrependerem é a salvação eterna, e caso não se arrependam o próprio Cristo pelejerá contra os maus feitores.
 
CONCLUSÃO
       Jesus ainda hoje têm palavras de elogios àqueles que se mantem fiéis, mesmo sobre pressão, seja nas redes, escolas ou trabalho. Contudo, repudio aqueles que têm se conformado com este século e se entregado a imoralidade sexual tão liberal e aceitável pela sociedade pós-moderna. Deus espera que os cristãos jovens casem virgens, e se vieram para igreja, não mais virgens, que não tenham relações sexuais antes de se casarem, Jesus espera que os esposos sejam fiéis as suas esposas e vice versa, que não haja traição fisica ou virtual. Que os adolescentes vençam esta fase de suas vidas e se mantenham puros diante do nosso Deus Santo.
 
Deus vos abençoe
  

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

MATURIDADE?



Certa feita, um homem, em um momento de ira, disse ao outro: VOCÊ NÃO PRESTA VOCÊ É UM MISERÁVEL, UM NINGUÉM, VOCÊ NÃO É NADA! O outro homem olhou nos olhos dele e disse: Tudo que você disse realmente é verdade, eu não sou nada, não passo de um miserável, mas saiba de uma coisa, Jesus me fez mais que um vencedor e me deu um novo coração, por isso eu te amo independente de como você me vê, espero do fundo do meu coração que Deus lhe abençoe e me perdoe por não ser o que você gostaria que eu fosse.
Ser maduro é reconhecer quem realmente somos e não cobrar do outro aquilo que não somos. É cumprirmos nossas obrigações quando possível e se não conseguirmos, nos desculparmos e não transferimos nossas tarefas aos outros. Portanto, reconheça quem você realmente é e não cobre do outro aquilo que nem você pode ser, reconheça seus erros, não guarde magoas, não fale mal de seu irmão, perdoe viva com altruísmo e quando errar tenha um coração humilde e reconheça seus erros!  
Ser maduro é parecer com Cristo, é ser a imagem restaurada de Deus. “Como cordeiro foi levado ao matadouro e não abriu a boca”. O plano de Deus para sua vida é fazê-lo a semelhança de Cristo, sendo assim Ele permitirá que você passe por situações semelhantes as que o senhor Jesus passou, não existe atalhos para o amadurecimento você terá de caminhar em linha reta, passar pelo fogo, não dá para adiantar o tempo!
Ser maduro é viver para glória de Deus e não para nossos próprios interesses e propósitos, você precisa aceitar o tratamento de Deus para com você, quanto mais você resistir mais tempo Deus gastará no processo para seu amadurecimento. E, lembre-se você não tem muito tempo, portanto ceda e deixe Cristo te moldar a imagem dele, ao amadurecimento. 

PENSE NISSO
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